jueves, 19 de noviembre de 2020

Christiane Tricerri discute o feminicídio no México em leitura que solidifica conexão com Humberto Robles

Por Bruno Cavalcanti

A atriz e diretora Christiane Tricerri ergueu pontes profissionais com o dramaturgo mexicano Humberto Robles ainda em 2018, quando, ao lad do Grupo Ornitorrinco, estrelou Nem Princesas, Nem Escravas ao lado de Rachel Ripani e Ângela Dip em montagem dirigida por Cacá Rosset que celebrou as quatro décadas de existência do grupo.

No ano seguinte, a atriz voltou a encenar obra inédita do autor no Brasil, o celebrativo solo Frida Kahlo – Viva la Vida, também sob a direção de Rosset. Pela obra, Tricerri foi indicada ao Prêmio Aplauso Brasil e percorreu a cidade de São Paulo em turnê pelos bairros da metrópole, além de ter levado a obra para o universo online, seguindo a maré de adaptações proveniente da pandemia do novo Coronavírus.

Agora, Tricerri solidifica a conexão com Robles ao estrelar e dirigir a leitura de Mulheres da Areia, espetáculo que traça um retrato dos casos de feminicídio no México, enquanto cria paralelos com a realidade no Brasil.

A obra tem como foco principal um retrato da cidade de Juárez, localizada na fronteira entre México e Estados Unidos e considerada uma das cidades mais violentas do mundo, especialmente para mulher. No texto (escrito em 2011), Robles intercala testemunhos de moradores do local com foco na voz de mulheres que já passaram por violências ou as testemunharam.

Com elenco formado por Erica Montanheiro, Rubens Caribé, e Débora Santos, além de Tricerri e da participação especial de Lena Roque, a leitura de Mulheres da Areia compõe a programação do projeto Palco Virtual, do Itaú Cultural, com transmissão via Zoom.

A apresentação acontece no dia 24 de novembro, terça-feira, a partir das 20h. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados pela ticketeira virtual Sympla, com número limitado de 270 ingressos.