martes, 26 de octubre de 2021

Filme 'Mujeres de Arena - Um grito contra os feminicídios' estreia nesta quarta em São Gonçalo

O longa é dirigido pela diretora gonçalense Rosite Val

Mestra em Artes Cênicas pela Université Vincennes-Saint-Denis / Paris 8, Rosite tem 25 anos de carreira . Foto: Divulgação/Dadá Ferreira

Estreia nesta quarta-feira (27) o filme “Mujeres de Arena - um grito contra os feminicídios" no Youtube. A obra, que é uma adaptação do clássico original  “Mujeres de Arena”, do premiado dramaturgo mexicano Humberto Robles, será transmitida exclusivamente para o público de São Gonçalo. A realização é da diretora gonçalense Rosite Val, uma das fundadoras do RAVER Coletivo Teatral. 

Originalmente, o filme seria um espetáculo teatral que circularia o Brasil, mas foi transformado em filme por conta da pandemia. O roteiro, segundo a diretora, reúne testemunhos de mulheres que foram vítimas de violência doméstica na Cidade Júarez, no México, e também no Brasil. Com o objetivo de acender e estimular o debate acerca do problema no país, haverá um debate online com o tema "Violência contra a Mulher" logo após o fim da exibição do filme, que contará com a participação de Rosite, a fundadora e gestora do Movimento de Mulheres em São Gonçalo, Marisa Chaves, e a advogada membro da OAB Mulher São Gonçalo, Dr. Elenice Baptista.. 

"Na nossa versão, trazemos estatísticas do Brasil e de mais seis países fronteiriços da América Latina. O grande diferencial é que nessa montagem, nós trazemos cada vez mais para perto, ou seja, tem sempre um caso que aconteceu na cidade ou no estado onde nos apresentamos. No caso de São Gonçalo, eu peguei a história da Rosângela, que faz parte do Movimento de Mulheres de São Gonçalo e fiz uma dramaturgia para esse caso. Então São Gonçalo recebe o caso da Rosângela. O caso da Rosângela é emblemático porque ela está viva e mostra como é importante denunciar sim os casos de violência. É um caso que vamos utilizar até mesmo em outras cidades", disse.

Nascida e criada em São Gonçalo, Rosite Val é mestranda em "Arts de la Scène” pela Université Vincennes-Saint-Denis / Paris 8, França. Com mais de 25 anos de carreira, ela já dirigiu os espetáculos "Hamlet" e "Memórias de Uma Velha Libertina", além de codirigir “Tróia”, de Eduardo Woitzik; “A Casa de Bernarda Alba”, de Federico García Lorca e “O Rinoceronte”, de Eugène Ionesco. Multifacetada, ela também é atriz, tradutora e dramaturga. Não esquecendo as raízes, a diretora achou que seria uma boa ideia estrear o espetáculo na cidade onde nasceu.


 "São Gonçalo é o município onde eu nasci, onde eu voltei a morar, é o município que eu tenho laços e que a gente sabe muito bem que não recebe muitas coisas, a gente sabe como é a parte de cultura na nossa cidade... Então, sendo muito honesta, eu queria estrear na minha cidade", disse a diretora e atriz.

"Mujeres de Arena - Um grito contra os feminicídios" estreia às 19h desta quarta-feira (27) no Youtube para o público de São Gonçalo. Os ingressos podem ser retirados através do site. O filme terá total acessibilidade (libras, legendagem e áudio-descrição) e todas as apresentações serão gratuitas. O espetáculo é destinado a adultos e jovens a partir de 14 anos, de todas as raças e classes sociais, e em específico, às mulheres em situação de risco, suas famílias e famílias com histórico de violência.


El 24 de noviembre estrenamos Mujeres de Arena en el Teatro Bulevar de Torrelodones

Después de tanto tiempo esperando como consecuencia del confinamiento, vamos a estrenar Mujeres de arena, una obra que empezamos a preparar en febrero de 2019. Todavía nos resulta un sueño, pero sí, es cierto.

El recorrido se nos ha hecho muy muy largo y hemos tenido que superar serias dificultades, entre otras, la de quedarnos sin local de ensayo como consecuencia de la pandemia.

Lo que empezó siendo una lectura dramatizada lo hemos convertido en obra teatral.

Mujeres de Arena es una sensible obra teatral de denuncia creada con profundo sentido humano por Humberto Robles, como apoyo al movimiento de familiares de mujeres asesinadas y desaparecidas en Ciudad Juárez, México.

Su actualidad es innegable, no sólo porque sigue habiendo feminicidios en Ciudad Juárez, sino porque denuncia una situación que se reproduce a lo largo del planeta.

Según la OMS y la ONU, Un tercio de las mujeres del planeta es víctima de violencia física o sexual, generalmente desde que es muy joven” https://news.un.org/es/story/2021/03/1489292

“Cada día un promedio de 137 mujeres alrededor del mundo mueren a manos de su pareja o de un miembro de su familia, según una información dada a conocer por Naciones Unidas.”, dato dado por la BBC en 2018.